ESTAMOS EM UM REINO DE CURA

“E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Marcos 1:15)

Vou começar com uma expressão contraditória entre o discurso e a prática. O tempo cura feridas! Você já ouviu essa expressão? Feridas são para serem tratadas e não guardadas. Feridas tratadas e curadas são um testemunho para o Reino, porém feridas guardadas e apodrecidas são uma afronta para o Rei. Imagina: Estamos em um Reino maravilhoso, onde o Rei é o Senhor da cura,
O segredo do Reino está na cura da alma dos seus filhos. Você lembra que até na Nova Jerusalém tem uma árvore que suas folhas são cura para as nações? Que estratégia! É para ninguém chegar na Cidade Santa, a Nova Jerusalém, cultuando suas feridas. Quando éramos crianças, e tínhamos alguma ferida, por qualquer motivo, uma queda, um arranhão, um incidente, nossos pais diziam: “Quando casar sara. O tempo cura”. Sabemos que era uma remédio para alma, naquele momento, mas não estava pautado na verdade; era uma adágio popular. Hoje, que somos do Reino e temos um Rei sobre nós, nosso desafio é estar nesse Reino, ser completo e tomar posse da nossa cura. Temos esse direito. Veja bem: enfermos de alma não têm autoridade de representar o Rei, pois existe um Rei, e mesmo com todas as promessas na minha direção, eu não me importo comigo mesmo, e, às vezes, podemos estar mais focados na cura e libertação dos outros do que da nossa vida emocional. 

Cuide-se por amor a si e ao Reino!

Certa vez, vi um líder discursando, falando em nome do Rei, e em um de repente, ele se irritou porque um colega de ministério não concordou com ele. Ele começou a narrar o histórico, e de púlpito o ameaçou, esbravejou, gritou com os ouvintes e saiu do plenário batendo os pés no chão. Que vergonha! Um vexame! Bem, dois colegas foram lá “bajular” e ser solidários com a arrogância e infantilidade daquele homem. Eu não o ouvirei até que se retrate e destraumatize os que ali estavam, pelo menos com um pedido de perdão oficial, que até agora não houve. Já presenciei muita coisa! A desculpa que deram foi que o diabetes alto fez ele perder a compostura. Naquela noite, ele estava lá, como se nada tivesse acontecido e os ouvintes o aplaudindo. Mas, nos bastidores a atitude era reprovada e ninguém tinha coragem de abordá-lo, porque é conhecido como iracundo. 

Um doente emocional falando para outros doente afetivos, e ambos lambendo as feridas uns dos outros. Isso não é Reino! 

Infelizmente, muitos estão assim no Reino, perdendo tempo em ouvir pessoas desequipadas, que não têm bom testemunho nem bom senso para ministrar aos presentes para ouvi-los. 

Estamos vivendo o século das neuroses expostas, as psicopatias são a granel, cada um expondo a alma como quer e acusando outros, uma perda de tempo e uma inversão de valores. Tais atitudes não são compatíveis ao Reino e colocam em suspeita o caráter do Rei. 

O tempo cura feridas? Não! 

O tempo as expõe e o mais grave: viram um câncer social, institucional, e eclesiológico, e os que as possuem estão se expondo e deturpando o caráter do Reino.   

Quem curará a ferida da filha de Sião? Essa pergunta já era feita pelo profeta Jeremias. Os homens de Deus, os profetas têm essa autoridade, e poderão curar as feridas da filha de Sião. E o remédio não é só palavra bonita, é caráter aprovado. Mais do que palavras bem elaboradas, precisamos, principalmente, de bom testemunho. Como essa geração ficou secularista e alguns se tornaram humanistas em muitos aspectos, estamos vendo vários discípulos associados ao antigo novo Iluminismo, antigo novo Gnosticismo, antigo novo Positivismo (Iluminismo, Gnosticismo, Positivismo, são doutrinas antagônicas aos princípios e valores do Reino apregoadas no século XVI). 

Esses ensinos filosóficos e místicos, entraram na vida de muitos discípulos e cada um faz sua autodefesa, sentindo-se vítimas, quando, na verdade, tornaram-se manipuladores de suas próprias desculpas e querem justificar seus fracassos. 

Essa revelação neste tempo devolverá os valores do Reino e levantará uma geração de líderes com uma maturidade consolidada, que não permitirá que o adversário roube nem o tempo, nem os princípios, e o que é do Rei seja devolvido para que seu bom testemunho seja mantido. “Venha o teu reino e se estabeleça a toda vontade aqui na terra como ela é estabelecida nos céus.” (Mateus 6:10)

Por Renê Terra Nova, adaptação de Sóstenes Sousa

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